Estou há algum tempo pensando numa resposta objetiva e não a encontro, afinal, minha relação com à escrita é antiga. Quando criança, costumava dizer a todos que quando crescesse me tornaria escritora, mas ao longo da vida, meus caminhos se afastaram desse rumo, mas não das palavras. Um dos motivos que me levou a começar este blog foi terapêutico. Durante dois terços da minha vida fui daquelas pessoas que escrevia dia e noite. Não me faltava nunca um caderninho na mala para escrever. E escrevia à mão. Mesmo hoje quando releio o que escrevia em tão tenra idade, o choque é grande. Não escrevia poemas, nem histórias de encantar, nem gossips. Escrevia para me libertar. E escrever sobre nós, sobre mim, e sobre tudo que é difícil. Escrever é uma vontade que me invade... Obriga-me a pensar nos fatos, a aceitar outros, a estruturar idéias e, quando bate lá no mais íntimo de mim, acabo a escrita a chorar, mas, aliviada. Profundamente aliviada. Estou me graduando em Letras, sou apaixonada pelas palavras... todas! Mas confesso que em muitos momentos senti que o academicismo estava me afastando da escrita que eu amo: transgressora, subversiva e libertadora. A escrita que não quer provar nada para ninguém. A escrita que quer apenas existir para aliviar meus sentimentos do cotidiano. No fundo, o que quero dizer é que provavelmente vou passar mais uma percentagem de mim para este espaço. E, humana como sou, tenho momentos menos bons e momentos bastante maus até. E tenho muitas dúvidas e perguntas sempre. Sou curiosa, ás vezes romântica, outras melancólica. Provavelmente perderei alguns "leitores" e ganharei novos. Mas os mais importantes serão os que ficam, porque serão aqueles que vêm cá por mim, exclusivamente por mim e porque me querem conhecer melhor. Os meus textos são sobre assuntos que despertam o meu interesse. Não há uma regra para esse blog: todo assunto será bem-vindo. E ponto. Caso alguém passe por aqui e leia, comente. Um abraço!
Nenhum comentário:
Postar um comentário